21 novembro 2005

Impactante

Criança sobrevivente do terremoto na Caxemira aquece as mãos em fogueira no campo de refugiados.

Essas coisas me cortam o coração.

Se já não bastassem crianças que sofrem em consequência de calamidades de origem natual, ainda é ainda mais doloroso imaginar seu sofrimento advindo de brutalidades premeditadas por homens inconsequêntes.

Epa! Hoje é aniversário da minha vó. Tem que ligar logo se não dá briga, sabe como são esses escorpianos... rsrsrs

19 novembro 2005

Raízes

Alfredo Muñoz de Oliveira
A terra continua boa, o homem que pereceu.
Ao lembrar de minha terra natal...

17 novembro 2005

Inerte


Paralisia matutina, agonia e prendimento.
Voz que se cala e ouvidos aguçados procurando ouvir notas de esperança.
Um turbilhão de idéias que ecoam na cabeça perde-se, encontra-se e perde-se novamente antes de chegar ao papel.
É como estar na caixa de vidro. Enxergam-se os meios, impossível é toca-los.
Mãos que rogam por impulsos nervosos, os mesmos que as agitam por essas palavras.
Então, o que impede afinal? Ele novamente? (Ce n'est pas possible!!) Medo: companheiro indesejado, presenteia com frustrações.
E se o tempo me empurra de encontro ao fim, atravesso a linha de chegada sem louvores.

15 novembro 2005

Não sei


Não sei... se a vida é curta ou longa demais para nós.
Mas sei que nada do que vivemos tem sentido, se não tocarmos o coração das pessoas.
Muitas vezes basta ser:
Colo que acolhe;
Braço que envolve;
Palavra que conforta;
Silêncio que respeita;
Alegria que contagia;
Lágrima que corre;
Olhar que acaricia;
Desejo que sacia;
Amor que promove.
E isso não é coisa do outro mundo, é o que dá sentido à vida. É o que faz com ela não seja nem curta, nem longa demais. Mas que seja intensa, verdadeira, pura...
Enquanto durar.

Cora Coralina

02 novembro 2005

Balanço solitário em um mundo sem cores


Estática, é assim que me sinto.
Não faltam idéias, aquelas que ficam só no plano, pouco do que se concretiza.
Mas como dizem, já dei o primeiro passo. Ainda que tenha saído apenas do limiar da porta dos meus limites auto-impostos. Mas eu quero mais, muito mais. Quero poder sonhar e vê-los se realizar. Ok, talvez sem tantos efeitos especiais, sem tanto drama, nem tanto romantismo, ok... ou que seja! Eu quero poder realizar ao menos o que dependa só de mim, porque o que ainda depende dos outros, bem, aí realmente não depende só de mim... E não estou pedindo que nada caia do céu! Só peço força, coragem, as coisas eu faço do meu jeito mesmo.
Talvez assim eu saiba então o que é realmente viver, porque sonhar a vida eu já cansei de saber. E eu que um dia falei que os sonhos me eram necessários pra sobreviver, hoje percebo que só viver deles não funciona.

Mas ainda há muita coisa...
Nos últimos dias percebi, não que já não tenha percebido antes, mas parece que ultimamente as coisas têm sido mais intensas, mais claras, e até a minha visão mais aguçada. Dei-me conta de tão próxima a hipocrisia. Tentei, juro que tentei, e fui compreensiva o quanto minha ingenuidade me permite. As pessoas tentam parecer o que não são, aliás, tentam não, apenas dizem ser tal e tal o que na prática não são. Na verdade muitas nem tentam, tamanho o atabalhoamento. Ainda penso que elas nem tenham total culpa, mas talvez seja o que elas sabem da vida, o que aprenderam ou assim o mundo as faz assimilar. Sabem delas, do umbigo delas e ponto final! Porque custa bem mais perder um tempinho com o outro: aconselhar, ao menos escutar e ser compreensivo sem julgar, oferecer o ombro, custa até esboçar algum sorriso. Só falta dizer: fala com a minha mão!Eu fico embasbacada com tamanha indiferença, e a conclusão que chego é o que eu já tinha uma leve impressão.
“Vivo” em um mundo. Só.