24 fevereiro 2006
17 fevereiro 2006
Poema XLIV
Saberás que não te amo e que te amo
posto que de dois modos é a vida,
a palavra é uma asa do silêncio,
o fogo tem uma metade de frio.
Eu te amo para começar a amar-te,
para recomeçar o infinito
e para não deixar de amar-te nunca:
por isso não te amo ainda.
Te amo e não te amo como se tivesse
em minhas mãos as chaves da fortuna
e um incerto destino desafortunado.
Meu amor tem duas vidas para amar-te. Por isso te amo quando não te amo e por isso te amo quando te amo.
Pablo Neruda
01 fevereiro 2006
Aquietando corações
Este é só para dar um sinal de vida, dizer que estou de volta; recuperando-me de males; sem muito que dizer, ao mesmo tempo que em mim se passa um turbilhão de palavras, lembranças e sentimentos... desorganização pessoal, sabe-se que não consigo fazer nada desse jeito. Então, que seja dado um tempo.
Eu tenho saudades!! Queria fazer um milhão de coisas, e não deixar o tempo passar. Fecho os olhos, prendo a respiração, não me movo, na tentativa frustrada de parar o tempo. O ponteiro do relógio teima em mover-se. E eu odeio ter de viver no tempo do mundo, pré-estabelecido para todos. Eu quero fazer o meu!!! Ouviu?
No momento não faço questão de muita coisa, só não quero que essa semana se acabe.
Eu odeio recomeço!