31 julho 2005

Quero fazer minhas escolhas


Bem se sabe que eu sou filha, não propriedade de ninguém.
Não se confunda em suas palavras pensando que me convence.

Deixe-me escolher as minhas cartas neste baralho, meu presente, meu futuro.
Não apenas me dirija a palavra quando acompanhada pelo seu indicador.
Converse comigo como um bom amigo, nem que seja besteiras para se dar boas risadas.

Não exija de mim a perfeição, erro como outro humano qualquer, e reconheço.
Ninguém mais convive com meus erros do que eu mesma.
Não me faça sentir uma pessoa pior do já penso que sou.
Falta de caráter é matar, roubar, passar por cima dos outros.

Permita-me ser mais otimista e minimizar, nem que seja com um pouco de comédia, os meus erros tolos.
Bem se sabe que serei eu mesma que pagarei por eles.
E por conta disso, que mal há viver um pouco mais de sonho?
A capacidade de sonhar não é igual para todos.
Pra mim, essencial à sobrevivência.

Há alguns dias outras palavras seriam merecedoras deste espaço.
Mas tocando em uma frase clichê, as coisas mudam como o sentido do vento.
Infeliz o hoje que amarguras exalaram do peito.

As outras, quem sabe um outro dia.