21 junho 2009

Mais de mim

Não sou difícil de ler, só vire as páginas com carinho... se quiser rabiscar algo, que seja poesia ou prosa da boa; corações; flores; sol; talvez a lua e as estrelas, ou então um rosto faceiro; se quiser apagar algo, me pergunte primeiro; arrancar folhas, nem pensar... se derramar lágrimas que manchem meu conteúdo, não se preocupe, eu as amparo, e talvez se juntem às minhas...
É estranho como as vezes sinto perfume de gente, que já nem existe mais, é o que me dizem minhas últimas memórias... Já disse que gostaria de ler pensamentos? Mas já devo ter dito que entendo de olhares...
Tenho profunda dificuldade de expressar o que sinto. Entenda, estou falando do que sinto, não do que penso. Não me confuda com uma muralha de pedras pichada de razões racionais. Não se apoie com força, pedras soltas podem rolar... E como o poeta já dizia: "O amor tem razões que a própria razão desconhece". As certezas que tenho, às vezes, tenho vontade de jogar pro alto, que pegue no vento e as tome para si quem quiser. Minha loucura, só Deus e eu sabemos como dominá-la. Nem tudo, ou quase nada, é o que parece ser. Pode não acreditar, mas pessoas gostam de brincar de perder tempo. Será medo, bem ou mau, do novo?